segunda-feira, março 17

Mon prémier et éternel amour



Por um instante Bárbara se esqueceu de tudo

esqueceu de inalar, amar, tocar... de ser vital

o seu esquecimento, possuía nome, nome

de homem, mas não de qualquer homem

o seu esquecimento em questão tem a

dominação de amigo/irmão/coração

o seu amigo estava longe, e a partir

do momento em que Bárbara esqueceu

sua vitalidade, o seu irmão ficava cada

vez mais longe, a distância de seu coração

era uma dor sem dominação. Dor era pouco

perto dos seus erros do qual a fizeram ficar sem

a sua memória. Desta vez ela tinha consciência,

as desculpas, perdões, lágrimas, cigarros, whiskys,

loucuras... Não adiantariam como remédio para

solucionar suas aflições chamadas de tristeza.

Bárbara já não se sentia tão bárbara, tudo,

todos, as melodias, a chuva, nada fazia bem

tudo fazia mal, afinal, qual a solução para

chegar ao fim desta barbárie? Não há.

Os três minutos de tolerância já foram

tudo e todos se esconderam

não existe final feliz para ela

apesar de seu nome

nem tudo em sua vida era bárbaro.



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